Por Carlos Rodolfo Schneider
"O Brasil gasta 6% do PIB com educação, contra a média de 5,3% dos países
da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e 4,7% dos
EUA, 4,3% do Chile e 3,1% de Singapura, que são referências na área. Por outro
lado, os alunos brasileiros continuam tirando notas baixas nos testes do
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), principal avaliação
internacional de estudantes. Diversos estudos já indicaram que países com bom
desempenho no Pisa, ao longo dos anos, têm maior crescimento econômico. Neste
caso, educação melhor significa mão de obra mais qualificada e maior
produtividade do trabalho.
Recentemente, a ONU e a UNESCO realizaram o Fórum Mundial de Educação na
Coreia do Sul, onde foram definidas as metas para 2030, focadas em anos de
escolaridade. Eric Hanushek, especialista de Stanford, lamenta que mais uma vez
o foco tenha sido a quantidade e não a qualidade da educação. Mais importante
do que os anos de estudo, é verificar o que os alunos realmente aprendem nesses
anos. Em muitos países da América Latina, diz o especialista, as pessoas vão à
escola, mas não aprendem muito e isso afeta diretamente o crescimento
econômico. O desempenho dos estudantes, afirma Hanushek, depende mais de como
se gastam os recursos, do que o quanto se gasta. A qualidade dos professores,
por exemplo, é fundamental e deve ser avaliada regularmente: desempenho em sala
de aula por avaliador externo e a evolução dos alunos devem nortear a
remuneração, a necessidade de treinamento e até o eventual desligamento do
professor. É a política de consequências. [...]"
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