Vamos falar de Cinema! E o País da Meia Entrada!


CARTA CAPITAL | O Brasil que não se vê na atual política de distribuição audiovisual

"É hora de fortalecer a diversidade dos muitos “Brasis” com novos modelos de exibição e distribuição, para além das grandes salas comerciais de cinema"

Terra Deu Terra Come 
"Terra Deu, Terra Come": vencedor do 15º Festival É Tudo
Verdade chegou a 821 pontos de exibição em parceria com cineclubes.

"Os números recentes do mercado audiovisual e de cinema no Brasil são impressionantes. Nos últimos anos, houve aumento consistente das produções, do número de salas de cinema e do público – resultado de uma política pública nacional consequente e estruturada de fomento ao audiovisual. No entanto, a ocupação das salas comerciais se mantém muito baixa, com taxa média da ordem de 20% – 12% considerando apenas filmes brasileiros. Também são pouquíssimas as cidades que contam com cinemas no País: menos de 11%, de acordo com o IBGE. Ou seja, ainda temos um gargalo enorme em termos de distribuição."

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Boa leitura!

ESTADÃO | A “República da Meia Entrada”

"As manifestações de junho continuam a estimular o debate sobre o modelo político-econômico brasileiro, e seus problemas. Recentemente, como tratado na minha coluna de segunda-feira, desenrolou-se a discussão sobre as causas mais profundas do mau funcionamento do Estado brasileiro."

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"Uma excelente contribuição a esse debate é um trabalho recente dos economistas Marcos Lisboa, diretor vice-presidente do Insper, e Zeina Latif, intitulado (na versão em inglês a que teve acesso este colunista) “Democracy and Growth in Brazil” (Democracia e Crescimento no Brasil). O artigo na íntegra está aqui."

"O estudo é longo, e centra-se na ideia de que o Brasil é um país onde é particularmente forte o “rent-seeking”, expressão em inglês da literatura econômica que significa, nas palavras dos autores, “o processo pelo qual grupos especiais conseguem obter privilégios e benefícios de agências do governo”."

"O trabalho de Lisboa e Zeina (que é colunista da Agência Estado) historia as causas do “rent-seeking” no Brasil e descreve as suas atuais manifestações, além de mostrar como a literatura econômica explica o fenômeno, e como essas tentativas de interpretação se aplicam ao caso brasileiro. Há também uma detalhada análise das relações entre crescimento, democracia e rent-seeking, de forma geral e no Brasil."

"É um longo estudo, do qual eu destacaria dois aspectos: as quatro diferentes formas pelas quais o rent-seeking se manifesta no Brasil de hoje, e as sugestões dos autores para atacar o problema, o que seria positivo tanto para o crescimento econômico como para o fortalecimento da democracia."
  
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Boa leitura!

NOTA NOSSA 

Com razão, pode-se chamar o Brasil de "República da Meia Entrada".

Enquanto aumentam-se tributos e gastos sociais; concedem-se incentivos fiscais indefinidos, subsídios a torto e a direito, bem como o protecionismo comercial, todas essas medidas contribuem para o atraso econômico brasileiro. 

Lisboa e Zeina sugerem algumas medidas, entre elas, a criação de uma Agência Governamental, que ofereça transparência e responsabilidade à atuação do governo. Outro ponto seria que toda a intervenção governamental fosse contabilizada no Orçamento. 

Pois bem...

O fenômeno da meia entrada pode ser notado justamente no preço dos bilhetes de cinema. Enquanto muitos pagam meia entrada, algumas vezes, até com documentos falsos, outros têm de arcar com custos elevados de cinema.

Os cineclubes, exibições gratuitas e outras modalidades de exibição alternativas são bem vindas. Porém, restringem-se à pequena parcela da população. O circuito comercial é demasiado caro!

Isso justamente por causa de benefícios concedidos à parcela da população, entre outras razões.

Lembro que anos atrás, uma entrada para o cinema custava R$ 10 (dez reais) a inteira e R$ 5 (cinco reais) a meia. Hoje, o valor aumentou em demasia. Há alguns dias, fui assistir ao filme "Bingo". Uma produção nacional referente à vida do palhaço Bozo nos anos 1980, sucesso entre a molecada, hoje pais e mães. Um filme nacional irreverente. Muito bem feito de fato. Todavia, o que causa susto é o preço da entrada de cinema que tive de pagar: R$ 36 (trinta e seis reais). Mais do triplo do valor de anos atrás!

Para se ter uma ideia, em minhas andanças pelo centro de São Paulo, onde sou rato de sebos, há locais onde se obtém excelentes obras, de diversos assuntos, em promoções como: 01 livro (R$ 3) ; 05 livros (R$ 10). Seria possível, assim, com o valor do bilhete de cinema comprar 17 livros de assuntos magníficos passando da Literatura Nacional e Internacional até livros raros de Direito, Política, e Economia.

Com efeito, infelizmente em nosso País, a leitura é menos valorizada que o cinema. Em comparação de um com o outro, os dois deveriam ser valorizados e incentivados. O que talvez não vejam é que, apesar de tudo, preços mais baixos estimulam um público maior às salas de cinema. Ao invés de se cobrar altas entradas, seria possível reduzir seu preço e, assim, maior parte da população iria às salas de cinema. Uma pequena provocação final:

- Meia entrada para Todos! Todos com os mesmos direitos! E um pouco de planejamento tributário... Será?! Queria ver se assim não lotavam as salas...

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