SONHO GRANDE (Lemann) & O X da Questão (Eike)

Caras(os) amigas(os),

Tudo bem?

Neste post, pretendo trazer algumas reflexões, que gostaria de compartilhar com Vocês.

Falaremos sobre as diferenças entre os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira X Eike Batista.

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Para tanto, recorro às obras: "Sonho Grande"; e "O X da Questão".

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Além disso, como método, pretendo não fazer "Spoilers" das obras, assim, trarei seus aspectos gerais e apenas alguns pontos chave.

Pois bem...

O livro "Sonho Grande", escrito por Cristiane Correa, narra a trajetória de três grandes amigos e empresários: Jorge Paulo Lemann; Marcel Telles e Beto Sicupira. "Como [os três] revolucionaram o capitalismo brasileiro e conquistaram o mundo.

O super empresário e mega investidor, Warren Buffett, diz: "Meu amigo - e agora sócio - Jorge Paulo e sua equipe estão entre os melhores homens de negócio do mundo. Ele é uma pessoa fantástica e sua história deveria ser uma inspiração para todos os brasileiros, assim como é para mim."

Os três empresários construíram, em aproximadamente quatro décadas, o maior império da história do capitalismo brasileiro e se destacaram como nunca antes no contexto global.

Em poucos anos, os três adquiriram as 03 marcas americanas conhecidas mundialmente: Budweiser, Burger King e Heinz. Tudo na maior discrição. Evitando os holofotes.

O molho de gestão que criaram, seguido à risca por seus empregados, se baseia em 03 pilares: 1) meritocracia; 2) simplicidade; e 3) busca incessante por redução de custos.

Trata-se, por assim, dizer de uma cultura tão eficiente quanto implacável, onde não existe lugar para o desempenho medíocre. De outro prisma, aquele que produz resultados excepcionais pode virar sócio de suas empresas.

"Sonho Grande" se trata do relato específico dos bastidores do percurso dos três empresários a partir da criação do banco Garantia, nos anos 70, até hoje.

Jorge Paulo Lemann afirma: "No final das contas, sou um professor. É assim que realmente me vejo."

Jim Collins (professor de Lemann na Universidade de Stanford) inaugura a obra trazendo as 10 principais lições que aprendeu com eles:

1) Invista Sempre - E acima de tudo - nas Pessoas;

2) Sustente o Impulso com um Grande Sonho;

3) Crie uma Cultura Meritocrática com Incentivos Alinhados;

4) Você pode Exportar uma Ótima Cultura para Setores e Geografias Amplamente Divergentes;

5) Concentre-se em Criar Algo Grande, Não em "Administrar Dinheiro";

6) A Simplicidade Tem Magia e Genialidade;

7) É Bom Ser Fanático;

8) Disciplina e Calma (Não Velocidade) são a Chave do Sucesso em Momentos Difíceis;

9) Um Conselho de Administração Forte e Disciplinado pode ser um Ativo Estratégico Poderoso;

10) Busque Conselheiros e Professores, e Conecte-os entre si.

Por outro lado...

Vamos analisar: "O X da Questão", sobre a trajetória de Eike Batista.

A capa do livro já traz: "A trajetória do maior empreendedor do Brasil.".

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Ora, como vemos nas capas da Revista Veja, Eike nasce como o maior bilionário brasileiro, pregando que se tornaria o homem mais rico do mundo, angariando seguidores e investidores, para terminar, como vemos em outra capa da mesma revista, na condição de PROCURADO.

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Em capa da Revista Exame, a pergunta: "O sonho acabou?". Na verdade, o sonho nunca existiu. Eike construiu seu Império erguido sobre castelos de baralho, que, ao sopro da menor brisa, se desmonta. E foi o que aconteceu.

Lembro em aulas do mestrado no Mackenzie (2012 - 2014) quando um dos colegas, advogado corporativo, disse que, quando viam os projetos e as ideias de Eike no escritório, parecia algo Fantástico e Inovador. Na realidade, não passavam não de sonhos, mas de delírios sem fundamento e consistência. 

Em seu livro, "O X da Questão", se encontra na capa: "EIKE BATISTA é um ícone do sucesso no mundo dos negócios. O 'x' presente no nome de cada uma de suas empresas é símbolo da multiplicação de riqueza, ousadia, criatividade e capacidade de execução."

Ora, lembro também de um amigo que dizia na época: "Poxa, Nicholas. Será que se investirmos um pouco em cada empresa do grupo 'X' , distribuindo os investimentos, não seria uma boa?" Uma colega, certa vez, na mesa de bar com os amigos, afirmava que talvez fosse uma boa investir no cara. Isso na época em que saia na mídia que Eike queria ser o homem mais rico do mundo. Pois bem... Para os dois, nas duas ocasiões, eu disse que, se investisse, não poria nem um centavo nas empresas de Eike. Isso porque simplesmente não acreditava nem simpatizava com sua pessoa e seus atos. Não podemos investir em um sujeito que prega aos ventos que tem a ambição de se tornar o homem mais rico do mundo. Totalmente diferente das personalidades dos 03 (três) investidores que mencionamos no inícios, que agem, sobretudo, com discrição.

 "O X da Questão", assim, expõe: "É hora de conhecer em detalhes a saga empresarial do homem que ajudou a colocar o Brasil no mapa-múndi dos negócios e que entende que o lucro se mede em números, mas que o valor de uma empresa se reflete no bem-estar da comunidade em que atua."

Ora, mais uma vez, enquanto Eike se preocupa sobretudo com números; Lemann e seus parceiros também se preocupam com números, mas se preocupam, acima de tudo, com pessoas. Precisa dizer mais alguma coisa?

A conclusão dessa análise não há de ser feita por nós. Deixamos, assim, para as leitoras e os leitores, que tirem suas próprias conclusões.

Apenas registro em linhas finais: "Apesar da crise pela qual o País passa, apesar de estarmos passando por um período obscuro, com grande desemprego, precisamos ter Fé e acreditar que é possível reverter o quadro, tendo esperança. Independente de se eleger um político de esquerda ou de direita, como disse o ministro Barroso, em palestra no Insper, em São Paulo, há alguns meses, o principal é que, quem quer que se eleja presidente, que tome as medidas necessárias para colocar o País nos trilhos. Não há espaço para aventureiros. Mas para líderes que realmente defendem os interesses da nação. Entre Eike e Lemann, qual escolher? A mesma pergunta deve ser feita para quem pretender governar o País. Isso sem deixar de ressaltar que políticos e empresários não são a mesma coisa. Chega da balela de afirmar que fulano é gestor e não político. Sim, é possível que seja gestor E político, sem medo de rótulos. Não devemos ter medo do lucro, como mais uma vez, disse o Min. Barroso, em sua apresentação no Insper. E, assim, o vento sopra a vela do barco que navega para grandes viagens. Sonho Grande. Lemann diz que o custo para sonhar grande é o mesmo para sonhar pequeno. Vamos, então, sonhar grande, com olhos para frente, sem esquecer o passado. Grandes Sonhos. Grandes Viagens!

 



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