RETOMADA INCERTA
"Franquias sofrem com a crise, mas se tornam mais eficientes para enfrentar o período de baixa e aguardar o reaquecimento da economia."
A crise econômica não se esqueceu das franquias brasileiras. O encolhimento do PIB, a redução do poder de compra do consumidor e a incerteza no que se refere aos rumos econômicos e políticos contribuíram para um menor crescimento e faturamento das franquias nos dois últimos anos. Se, de um lado, a crise levou ao enxugamento do setor, de outro, os negócios se tornaram mais eficientes, fazendo mais com menos. "As empresas estão se reinventando e criando formas para cortar custos e oferecer melhores condições para o consumidor", diz a professora de economia do Insper Juliana Inhasz. Desse modo, é na eficiência do setor de gestão que deve ser o foco das marcas. Não existe consenso quanto ao cenário econômico para o segundo semestre de 2017 e para 2018. "O lado bom da crise é que esse movimento de busca da produtividade deve permanecer no setor de franquias", diz Samy Dana, professor da FGV.
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Franquias têm crescimento nominal de 8,3% em 2016, ano em que houve retração do PIB.
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Olho no Horizonte
"Os números que devem ser acompanhados pelos futuros investidores em franquias"
"As expectativas para 2017 pedem muita cautela. Os desdobramentos da crise política têm gerado incerteza quanto às taxas de juros, ao dólar e à projeção de crescimento do PIB. Mesmo assim, a Associação Brasileira de Franchising projeta uma expansão de 7% a 9% no faturamento das franquias para 2017. "O setor é resiliente e, agora, as redes estão mais bem preparadas para passar por momentos de dificuldade", diz Alexandre Guerra, vice-presidente da ABF. Quem pensa em investir em uma franquia deve ficar atento a alguns indicadores-chave e acompanhar a economia brasileira." A seguir, alguns dados:
Inflação e Taxa de Juros
3,9% é a estimativa para a inflação em 2017.
8,5% ao ano é a previsão da Selic para 2017.
PIB
0,5% é a perspectiva de crescimento do PIB em 2017.
2,4% é a perspectiva do PIB em 2018.
Consumo
6,2% foi a queda no volume de vendas no varejo em 2016.
5% foi a queda no volume de venda nos serviços em 2016.
Fonte: Guia de Franquias. Melhores Franquias do Brasil 2017. Pequenas Empresas & Grandes Negócios. N. 15. Ed. Globo. 2017 / 2018. Adaptado.
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